«Double standarts», negócios e infâmia

Khadafi pode ser incensado por uma caterva de políticos europeus de meia-tigela (onde se inclui a presidência portuguesa desprimorosamente deixada à margem mas apressada a "aparecer na fotografia") e Sarkozy bem pode fazer com ele o negócio ["nuclear para fins pacíficos"] do momento.

Mas, depois de se ler isto, não fiquem dúvidas.

A natureza do regime líbio não mudou.

Mudaram as conveniências de um Ocidente rendido a Estados que não são só totalitários, mas que ignoram efectivamente os direitos humanos, desde que não perturbem os desígnios dos negócios e os interesses mercantis.

Talvez se perceba porque é que os líbios demoraram tanto libertar as enfermeiras búlgaras e o médico palestiniano Ashraf Alhajuj.