20060831

31 de Agosto é hoje

Kofi Annan insistiu para que Israel levantasse o bloqueio ao Líbano, hipótese não imediatamente acatada, por se temer que os terroristas libaneses-sírios-iranianos retomem as iniciativas de agressão.
Por falar em «pedidos» da ONU, não era hoje a dead line para o Irão se pronunciar sobre o ultimatum do CS da mesma ONU sobre o projecto nuclear?

20060830

Naguib Mahfouz




Morreu Naguib Mahfouz, o escritor universalista egípcio (único escritor da mundo árabe premiado com o Nobel da literatura em 1988), que ousou debater o secularismo numa sociedade infiltrada pelos fanáticos da Irmandade muçulmana, que assassinou Sadat.

Também ele sofreu na pele as consequências da denúncia de um retrocesso civilizacional e religioso (mesmo dentro do Islão).
Tentaram também matá-lo, sobrevivendo penosamente, sem poder escrever.

Paz à sua alma, Inch´allah.

20060828

Nasrallah

O líder do partido de deus (hezbollah) veio admitir, qual «cordeiro a chorar lágrimas de crocodilo», que se tivesse antevisto a reacção de Israel, não teria mandado sequestrar os dois soldados israelitas, prometendo que nunca mais haverá um confronto entre o hezbolah e Israel.
Bom, parece que se avizinha algo mais trágico. O confronto será, agora, directamente com o Irão? Irão e Síria vão assumir a sua estratégia sem mais intermediários?

A propósito, porque é que a rapaziada do hezbolah distribui maços de notas frescas de dólares às vítimas (chiitas) da guerra no Líbano? Não é o dinheiro do «grande satã»?

20060827

Liga segundo Mateus

Diziam que era em Itália que havia um «CalcioCaos», não era?
Ora limpem-se à nossa «justiça portuguesa».
Começo a pensar que o problema é dos actores, e não do guião. Os tipos que compõem esses órgãos por acaso também são magistrados profissionais (bastantes, pelo menos).
Percebe-se por que é que a outra justiça também anda pelas ruas da amargura...

20060826

Matéria científico-eleitoral

Eu, que pensava que a matéria científica não fosse sujeita a escrutínio eleitoral, enganei-me. De braço no ar, os astrónomos e astrofísicos presentes num qualquer Congresso, deliberaram que, afinal, Plutão não é mais um planeta do sistema solar.
Pluto passará a ser apenas o nome do simpático cãozinho da Disney.

20060825

Água pesada

O Irão inaugurou uma nova fábrica de «água pesada».
Só pode ser para se evaporar mais devagar...

20060821

Armeggedon soon

In Islam, as in Judaism and Christianity, there are certain beliefs concerning the cosmic struggle at the end of time — Gog and Magog, anti-Christ, Armageddon, and for Shiite Muslims, the long awaited return of the Hidden Imam, ending in the final victory of the forces of good over evil, however these may be defined. Mr. Ahmadinejad and his followers clearly believe that this time is now, and that the terminal struggle has already begun and is indeed well advanced. It may even have a date, indicated by several references by the Iranian president to giving his final answer to the U.S. about nuclear development by Aug. 22. This was at first reported as “by the end of August,” but Mr. Ahmadinejad’s statement was more precise.
What is the significance of Aug. 22? This year, Aug. 22 corresponds, in the Islamic calendar, to the 27th day of the month of Rajab of the year 1427. This, by tradition, is the night when many Muslims commemorate the night flight of the prophet Muhammad on the winged horse Buraq, first to “the farthest mosque,” usually identified with Jerusalem, and then to heaven and back (c.f., Koran XVII.1). This might well be deemed an appropriate date for the apocalyptic ending of Israel and if necessary of the world. It is far from certain that Mr. Ahmadinejad plans any such cataclysmic events precisely for Aug. 22. But it would be wise to bear the possibility in mind.

Bernard Lewis (Wall Street Journal)

Never mind...

20060816

O «partido de que deus»?

A propósito do que muitas vozes (e penas) do mainstream intecletual têm dito e escrito sobre o confronto de Israel com o Hezbollah libanês, apenas me ocorre dizer isto: o que se passa é que esse partido não só quer efectivamente destruir Israel - cumprindo um objectivo estratégico do Irão e da Síria - como já destruiu outro Estado: o Líbano, visto por esses cavalheiros como mais um lugar do «grande Islão» e, por isso, negligenciáveis são as mortes de civis (que, de escudos humanos são, pressurosamente, volvidos em «mártires» da causa), como desprezíveis são as consequências, mesmo políticas, para o aparente processo democrático na antiga «Suiça do Médio Oriente», que o não voltará a ser.
Por isso, a facilidade com que a Síria retirou o seu exército do Líbano não era mais do que o início de toda esta esta trágica jogada.
Ignorar que é Israel que naquele cenário representa os nossos valores, só pode ser igenuidade, cegueira ou má fé.