20101114

A "austeridade" como «nonsense» (Mark Blyth: A austeridade é uma ideia perigosa)

E não parece nada ser «banha da cobra». E o pior é que é este o tipo de «política» que o mordomo nacional dos «mercados» pinto de sousa nos quer impingir.

20101112

Advogado leva revólver para julgamento

Será que o sr. bastonário (da Ordem dos Advogados) considera isto, também, «terrorismo judicial»?

20101111

Medina Carreira: o "profeta" que não se equivocou.

Comparando com o completo desnorte e irresponsabilidade dos nossos actuais governantes, até o governo de p. santana lopes deixa saudades.

Mas o grave é que a incompetência é, desta vez, muito mais indesculpável: pelas brutais consequências para o Povo, de políticas insanes, de embustes - disfarçados com medidas demagógicas e populistas e pseudo-reformadoras - e de criminosa inabilidade, porventura ditada por agendas e interesses de grupos e lobbies inconfessáveis, mas, sobretudo, porque este governo, que se propôs "reformar o Estado e a Sociedade civil" foi a maior fraude política de que há memória, agravado pelo facto de dispor de maioria absoluta, na altura em que mais seria preciso.
Desperdiçou o capital de esperança que os portugueses legitimamente nele depositaram. Por isso, se sentirão mais defraudados ainda. Era bom que não nos esquecêssemos dos indivíduos - que tornaram possível esta situação. Para nunca mais os deixar ter responsabilidades públicas.

Estou convencido que acontecimentos inauditos e inesperados (e muito surpreendentes) vão ter lugar em breve, numa Europa - que cada vez mais se assemelha a um «armazém de secos e molhados» - como disse premonitoriamente o saudoso Mestre Agostinho da Silva - dos «mercados financeiros», onde a estabilidade, a tranquilidade e as "certezas irreversíveis" do Estado Providência estão a chegar ao fim.
Claro que nunca poderia ser sustentável uma globalização económica como a que se viveu; os baixos salários da China e da Ásia teriam que ter estes efeitos (afinal, o inefável manuel pinho, ao referir os «baixos salários de Portugal" tinha razão avant la lettre?); a expectativa de que seria possível manter os níveis de bem-estar com a aquisição de produtos fabricados com mão-de-obra escrava, contra a exportação de tecnologia e de produtos com valor acrescentado não só se revelou uma funesta fraude, como destruiu as economias ocidentais, sem qualquer contrapartida visível, que não seja a albanização das sociedades.

Neste cenário, o «profeta da desgraça» Medina Carreira, mantém-se dignamente silencioso. Quiçá arrepiado por ver confirmarem-se, ponto por ponto, as suas piores previsões.