20080331

Mão Morta - «Floresta Em Sonho»

Deixem-nos trabalhar !!!

Talvez a única posição sensata , em todo este lamentável episódio.

E ainda não é 1 de Abril - III

«Tolerância zero para telemóveis na escola Carolina Michaëlis. A solução proposta pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) entra hoje em vigor, primeiro dia de aulas desde que se tornou pública a agressão da aluna Patrícia à professora Adozinda Cruz. Os aparelhos interceptados dentro da sala de aula serão confiscados, sendo eventualmente entregues à PSP, a instituições de caridade ou à família, no final do ano lectivo».

do JN on-line.

Bem me queria parecer que há uma devastadora falta de assessores de bom-senso* na DREN...

* Ia dizer "jurídicos"; - )

E ainda não é 1 de Abril - II

Alberto João Jardim «é um exemplo supremo na vida democrática e do que é um combate político combativo».
O progresso existente na Região, «é um trabalho notável, é uma conquista extraordinária, é uma obra ímpar e isso deve ser reconhecido».
«A Madeira é bem o exemplo com Democracia, com Autonomia, com a integração Europeia de um vasto e notável progresso no país».
«Mas toda esta obra historicamente tem um rosto e um nome e esse nome é o do presidente do Governo Regional da Madeira, a quem quero prestar uma homenagem, na diferença de posições, por esta obra e este resultado».
Ler mais no sol on-line.

Quem o diz não é Jaime Ramos (primeiro pensei que fosse engano).
É Jaime Gama. Desde 1992, quando era igual a «Bokassa», Jardim e a sua obra estão irreconhecíves. Houve uma estonteante evolução: foi proibida a inquisição e absteve-se do criticável costume de comer criancinhas.

20080330

José Eduardo Agualusa

«Agostinho Neto foi um poeta medíocre. O mesmo se pode dizer de António Cardoso ou de António Jacinto. Foram todos eles grandes figuras do nacionalismo angolano, e eventualmente muito boas pessoas..., mas eram fracos poetas

As frases suicidárias de José Eduardo Agualusa podem valer-lhe o definitivo ostracismo perante a inteligentzia oficial angolana, que não lhe perdoará tamanha «heresia».
Com isso, o escritor subiu muitos pontos na minha irrelevante consideração. Pelo desassombro e, mesmo, pela coragem (inclusive física), que é necessário para afirmações dessas, em sítios desses.

Continuar a acompanhar a triste novela panegírica do regime no origem das especies.

O surrealismo serôdio que avança...

Ultimamente, vamos tendo notícias de:

- Um "homem" (trnagender, trigerénero, trangender, como é qu´isto se escreve?) vai ser mãe;
- O governo diz que fez uns "investimentos" em off-shores.
- a professora "desautorizada" no Carolina Michäelis tinha autorizado os alunos a ouvir música nos telemóveis.

Mas o prémio vai para:
- a. joão jardim, a quem a fundação social-democrata da Madeira comprou a casa, para a transformar em casa-museu do próprio,

E ainda não é 1 de Abril...

Ainda não é 1 de Abril

Segundo o Diário Digital josé pinto de sousa assume governação de «face humana».

20080328

Kampfumo, Maputo, Moçambique


O bar mais ecléctico e democrático do Mundo, o Kampfumo, na Estação de Caminhos de Ferro de Maputo, já tem o seu blog-kampfumo.blogspot.com/.
É um espaço cosmopolita e improvável. É um lugar para beber e ouvir música. Da melhor.
Um sítio a visitar. Ilimitadamente.

P.S. A foto (de Pedro Sá da Bandeira) foi extraída do próprio blog. Lembra uma pintura de Edward Hooper (Nighthawks, c.1942).

Semi-adopção

Perante a falência das respostas institucionais aos problemas das crianças em perigo, abandonadas e negligenciadas, surge uma proposta inovadora, a «semi-adopção», para evitar a institucionalização e as situações de indefinição do acolhimento.
O responsável do Observatório da Adopção, Guilherme de Oliveira é alguém que garante a excelência da reflexão e a qualidade da proposta.
Veremos se não é apenas mais um capítulo do capitulacionismo do Estado.

20080325

Wiriamu e as desculpas aos africanos

A propósito desta notícia, não consta que o ex-alferes miliciano Cavaco Silva tenha participado no massacre de Wiriamu.
O actual Presidente Cavaco Silva deve ter decidido ter outras prioridades retóricas nas suas intervenções públicas em Moçambique. E fez bem.
As relações entre os povos são moldadas com o que de bem e de mal se fez antes. Mas, sobretudo, devem perspectivar o futuro.

noutro sítio aflorámos o tema das "desculpas aos africanos", sobre o que, muito haveria a dizer...
Wiriamu envergonha o grupo de militares que tenha praticado esses factos, e os seus superiores que os não sancionaram. Sem dúvida.
Mas, se alguém deve pedir desculpas, não deve ser o povo português, na pessoa do seu (mais alto) representante.

A "proletarização" dos advogados

aqui tínhamos chamado a atenção para o caso.
Não significa que não se possa ou deva tentar cobrar os valores das coimas estradais em risco de prescrição.
O que está em causa é a forma. Uma solução de arremedo, em que as propaladas reformas e restruturações da Administração Pública não passam, afinal, de uma fraude.

20080324

Moçambicanização das boas expectativas...

O autor desta frase é ministro de "não sei bem o quê", do governo moçambicano.

"É preciso resolver os grandes problemas dos transportes públicos, rodoviários e aéreos, mas ainda não tenho a ideia do que vou fazer. Ainda é muito cedo."

(Paulo Zucula, Notícias de 12.03.08)

Juan Peña (El Lebrijano) - Soleá

Na Escola Secundária Carolina Michaelis, Porto

Quero acreditar que o video é uma «simulação».
Excesso de cretinice de uma turma de jovens que se devem envergonhar do que fizeram.
Infelizmente, parece que esta atitude não foi reprovada por um energúmeno que diz ser presidente de uma proto confederação nacional de associações de pais (?)...

20080323

Prioridades de política criminal «altamente»

Tanto barulho por causa de uma uma hooliganzinha chunga do Carolina Michäelis?
O Procurador-geral da República já avisou que nenhum jovem sairá ufano nem impune de uma "cena" dessas...Lembram-se?
Esse caso arrisca-se a ser um dos troféus que o PGR levará à AR quando tiver que prestar contas pela execução bienal das prioridades de política criminal.
Já agora, não sai outra Equipa Especial para investigar a «Violência escolar do dia do Porto»?
Era "altamente".

ministros que erraram a vocação

A sr.a ministra da educação leu um poema no dia da poesia. Qual terá sido? O "estatuto do aluno"?

20080320

Definições

«Definições são regras de tradução de uma linguagem para a outra. Cada linguagem simbólica correcta tem que se deixar traduzir para qualquer outra segundo tais regras; Isto é o que todas elas têm em comum»

3.343

Ludwig Wittgenstein, Tratado Lógico-Filosófico.

20080319

Yasmin Levy - «Alegria»

Palavras para quê?

É outro artista português e responde pela cargo de ministro dos assuntos parlamentares.
O excerto bem premonitório, como refere JPT, está no seu ma-schamba, para onde se remete:

“As tendências e as aspirações renovadoras e progressistas da época não tardam a confrontar-se com bloqueios cruzados, que provêm, quer do sistema político, quer da estrutura económico-social, quer da cultura burguesa, quer do campo intelectual propriamente dito. Vistos da perspectiva da intelligentsia nacional - uma perspectiva unilateral que essa mesma intelligentsia conseguirá transmutar ideologicamente, com grande efeito para a posteridade, em a perspectiva global -, os bloqueios induzem ao desânimo e à desistência, ou ao afastamento da acção prática, ou a complexos compromissos com a situação (de que a trajectória política de Oliveira Martins se tornará paradigma), ou ao enfileiramento no optimismo alternativo do movimento republicano.”

Augusto Santos Silva, “O Povo nos seus lugares. O clima moral da primeira etnografia portuguesa.”, Palavras Para Um País, Oeiras, Celta, 1997, p. 116

Les Jours Tristes (Yann Tiersen)

20080318

vital, o lente, strikes again

O lente vital está de "cabeça perdida", como lucidamente é observado neste post do josé da GLQL.
Mas cuidado. O que se prepara, de facto, é a "arremetida final" contra os funcionários da Administração Pública. Para já, vai ser a extinção de ADSE. Depois, virá o resto. O mullah omar do regime já ditou, uma vez mais de forma oracular, as regras do próximo round.

«Pela boca, morre o peixe»

O 1.º ministro pinto de sousa disse hoje (a acreditar na imprensa), ao apresentar o Mapa Judiciário, que o «governo "tudo fez honestamente" para que a reforma do mapa judiciário fosse apoiada por ampla maioria política, numa crítica implícita à decisão do PSD de romper este acordo» (Lusa on-line).

Andará a fazer outras coisas desonestamente?

P.S.: em abono do rigor, as palavras de pinto de sousa foram mais exactamente as seguintes «fizemos tudo o que honestamente se pode pedir ao governo...», o que modifica um pouco o sentido da expressão (a versão electrónica da notícia da Lusa não reproduzia com fidelidade a declaração). Penitenciamo-nos pelo lapso induzido.

20080317

Globalização e Estado Providência




Bem me queria parecer que nos anda(va)m a «bater um grande coro».

Não é que o tão incensado "modelo social" do nosso 1.º ministro pinto de sousa - a Finlândia -, afinal, compatibiliza a economia de mercado e a globalização com o Estado-Providência!?...

O resultado é demonstrado no livrinho acima exibido, que desmente que a eficiência e o funcionamento da economia com regras concorrenciais exclua o Estado Providência, como defendem os arautos avençados do regime (e da nossa desgraça), vendendo-nos só a parte que releva para os seus interesses económicos e empresariais, «não deixando pedra sobre pedra» do nosso incipiente sistema de protecção social.
Manuel Castells e Pekka Himanen analisam as relações entre a sociedade da informação, a globalização, com as inerentes consequências do funcionamento da economia de mercado (neo-liberal) e o modelo do Estado-Providência da Finlândia, concluindo pela sua compatibilidade.
Esta era a parte que nos queriam esconder.

Causas fracturantes

Depois da proibição do tabaco, a última, redentora e transcendente cruzada do (grupo parlamentar - pasme-se - do) ps: a proibição dos "piercings" na língua e zonas próximas de vasos sanguíneos e a tatuagem de menores.
Vale a pena ler Francisco José Viegas neste texto.
É por via desta absurda ausência de rumo e de sentido político-legislativo consistente (não encontro tão elevado desígnio nacional no programa eleitoral do ps), que, à falta de inspiração e de capacidade política para solucionar verdadeiros problemas nacionais, coisas como estas são exibidas como "causas fracturantes".
E mais: ponha-se o S. N. Saúde a extrair os perigosos piercings e a remover as tatuagens do corpo dos nossos jovens inconscientes.
Há lá coisa mais preocupante!

«Menos Estado, melhor Estado» (para alguns, sempre os mesmos)

A saga continua: agora é a substituição da ADSE por seguros de saúde privados. Para já, é um «balão de ensaio», a ver como reage a populaça.
Depois das eleições se verá...

Impressões de Fim-de-semana

O comício comemorativo dos 3 anos de governo ps foi, de facto, pindérico. Diria mesmo, circense, tendo em conta o nível das atracções. Elisa Ferreira a rir, assomando atrás do dono, digo, do (mui querido) líder, esquecida, já se vê das "cenas" que teve com ele no governo Guterres (pudera! agora ele é que manda...), a espreitar a sua hipótese para a Câmara do Porto...
Lamentável, o móbil, a organização e a retórica oficial, tão gasta e vazia. Continuar a dizer-se que «o país já estava há tempo demais sem andar para a frente» lembra o «parlamento dos jovens».
Uns idosos de classe média (privilegiada?), quase todos reformados e afastados dos problemas sociais concretos, arrebanhados pelo aparelho e diligentemente expedidos para um fim-de-semana no Porto, para aplaudirem a ministra da educação. Apenas com um lema subconsciente: «agora é a nossa vez...».
Patético.

P.S. : aliás, vi outra manifestação em que professores do ps se manifestavam contra a política governamental da ministra da educação. Terei visto bem?

Também vi a reportagem sobre Menezes na SIC notícias. Mostrou-se um homem banal, com todas as contradições dos tempos actuais. É um homem em crise, senão mesmo em ruptura. Uma família quase convencional, um estilo de vida corrente, uma atitude muito estudada. O almoço familiar de domingo no meio de um restaurante vulgar (mas de qualidade), com guardanapos de papel. A namorada diagnostica o verdadeiro problema para os críticos do partido: "É por ser um homem do Norte...".

Ora digam lá se, nestas condições, não apetece estar (e votar) na Madeira? Aí sim, comemoram-se 30-anos-30 (e não 3) de uma opção governativa político-partidária inequívoca, decidida e coerente, sem embustes nem discursos de plástico.
Goste-se, ou não, as coisas são o que são.

20080316

Adeus, Max

Dia de luto, por um homem íntegro, Rodrigues Maximiano.
A minha homenagem a um homem que me habituei a ver como referência de afirmação de valores, de trabalho e de coerência.

20080315

Porreiro, pá.

«Menezes é mentiroso», quem o diz é Capucho.

Almoços grátis

Isto prova que não há almoços grátis. Nem em nossa casa...
Acredito que Pacheco Pereira rejeite este tipo de envolvimentos, mas quem não quer ser lobo, não se deve meter com lobos.

Ser Professor

A propósito da indignação dos Professores:

"O Professor tem uma tríplice missão: científica, social e moral.
O primeiro dever do Professor é ser estudante, conjugar o verbo aprender.
A qualidade do Professor mede-se não pela ciência que possui, mas pela ciência que transmite e, sobretudo, pela ciência que desperta.
O professor é um civilizador: ensinar é obra de amor, mais do que cérebros".

Alceu Amoroso Lima

As multas e os advogados

A reestruturação da DGV e a sua decomposição em duas entidades: Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e uma outra para a gestão das vias (outra notável "reforma" governamental) fez com que se acumulem milhares de autos de contra-ordenação por infracções estradais.
Sem capacidade de resposta (?), por alegada falta de quadros (ou de noção das consequências das "reformas" que se vão fazendo), a dita Autoridade contratou advogados para tramitar os respectivos processos de contra-ordenação.

Sem falar já na eventual ilegalidade do procedimento (é discutível que um advogado possa preparar um processo com natureza sancionatória como é o contra-ordenacional, se não suspender, pelo menos, a inscrição), o que espanta neste processo todo é a facilidade da solução:
embora num contexto de proletarização da advocacia, a Ordem dos Advogados achar normal e patrocinar a «contratação» de advogados por junto para a tarefa em causa.

Estava convencido que a advocacia era uma profissão liberal...

«Islamofobia»

Os países árabes deliberaram proceder legalmente contra quem ofenda o Islão.
Ainda bem que avisam que entre as ofensas estão «(...) volumosos relatórios sobre discursos e acções alegadamente anti-islâmicos que terão ocorrido um pouco por todo o mundo, desde a publicação dos cartoons dinamarqueses sobre o profeta Maomé aos artigos de uma muçulmana da Somália em que esta afirmava que o Islão não concede direitos às mulheres».

O divertimento pode continuar a ser lido aqui.
Falaremos depois, se for o caso, de coisas sérias.

Mais "corrupção"

«O PGR anunciou esta noite que quatro magistrados estão a ser alvo de processos disciplinares. O comunicado de Pinto Monteiro surge duas semanas depois receber o relatório da equipa de investigação por si nomeada, na sequência das denúncias feitas pelo líder do PS-Madeira.
(...)
Segundo soube o SOL, o relatório desta equipa – coordenada por Teresa Almeida, magistrada da 9ª secção do DIAP de Lisboa – analisa também os motivos da morosidade de algumas investigações.
Entre outras coisas, chama a atenção para o facto de o Estatuto autonómico da Madeira, aprovado pela Assembleia da República, em Lisboa, dificultar o acesso da Justiça aos titulares de cargos politicos madeirenses.
Um dos exemplos dados é o da notificação do antigo líder do PS-Madeira, Jacinto Serrão, que esteve um ano para ser notificado para uma inquirição como testemunha, e em relação a quem o parlamento só autorizou responder por escrito.
O MP quer ouvir o ex-líder do PS-M por causa de denúncias feitas por ele publicamente
, quando estava à frente da oposição naquela região autónoma».

No comments

Do Sol on-line de 14.3.2007

20080314

«Hooliganismo» pedagógico?

Amanhã é esperada uma concentração de perigosos hooligans no Porto, à semelhança das hordas que invadiram a capital no último sábado.
Os responsáveis do partido governamental estão apreensivos com as tentativas de condicionamento anti-democrático de uma reunião do p.s.
Espera-se que um dispositivo policial adequado possa dissuadir os confrontos anunciados ou «interromper» democraticamente uma manifestação não notificada (?).
Só acho irónico que o regime se louve num decreto-Lei de Vasco Gonçalves, para intimidar quem quer que seja...

20080313

Simon and Garfunkel - «Sounds of Silence»

A boa e a má corrupção

Com a "sentença" de Marinho Pinto, ficámos, afinal, a saber que há uma corrupção boa e uma corrupção má.
A boa é a praticada pelos clientes dele. A má é a outra.
Quando a corrupção é um pretexto, estamos esclarecidos, dr. Marinho...

20080312

Rui Veloso - «A Gente não lê»

José Afonso - «As Sete Mulheres do Minho»

John Cale - "I Keep a Close Watch"

Porreiro, pá!

Ainda ninguém percebeu que nesta novela série-B de gosto duvidoso, o PSD já se prepara, afinal, para mais quatro anos de oposição...interna?

20080311

A Corrupção «vende»

O tema da corrupção ganhou estatuto de prioridade, como se fosse uma prioridade. Ou melhor, como se não houvesse outras prioridades.
Apesar de tudo, o País não está a saque...
A corrupção autêntica, aquela que devia ser investigada a sério, nunca o será (falo dos negócios do Estado, do branqueamento, dos concursos públicos e de outras vergonhas que envolvem os partidos e seus figurões).
Não o será certamente com os votos pios de um qualquer CSMP, porque, à partida, está tudo «armadilhado». Não será investigada a sério porque, desde a conformação típica das incriminações, ao sistema processual de prevenção (inexistente) e combate (ineficaz) ao fenómeno, tudo vai, providencialmente, falhar.
Esse é que é o problema.

Novos pecados mortais

O Papa Bento XVI actualizou a Lista de «pecados mortais». Tudo muito «politicamente correcto»: pedofilia, aborto, poluição do ambiente, manipulação genética com embriões humanos, pobreza extrema de uns e riqueza escandalosa de outros.
Não percebo bem quem comete estes dois últimos.

Espanto?

Parece que a esposa da António Costa (esse mesmo, o n.º 2 do ps) protestou no sábado passado, na Avenida da Liberdade, contra a política da ministra da Educação.
Qual é o espanto?
Confesso-me bastante mais espantado com os escribas que se «envergonham de pseudo-professores que não querem trabalhar, nem ser avaliados, e se prestam a ser soldados do partido comunista» (emídio rangel, ele mesmo).
O autismo contagia?

Há quatro anos, em Madrid

Hoje assinala-se o 4.º aniversário da barbárie de Madrid.
Aqui se homenageiam as vítimas
Fanáticos criminosos atacaram cidadãos indefesos nos trajectos ferroviários de Madrid.
Quatro anos depois do 11 de Março, de Madrid, o julgamento dos responsáveis em 1.ª instância está concluído. Trabalho notável da Polícia, Serciços secretos, do juiz Juan del Olmo e da Fiscalía.
Este facto deveria fazer-nos questionar a concepção da arquitectura do sistema jurídico e judiciário indígena.

20080310

Triste fado

Uma senhora que se diz "juíza" e faz processos de intenção como os que fez, tem o que merece.
"Quem semeia ventos, colhe tempestades".

20080307

Também ele?

O estranho caso das «Equipas especiais» já mereceu uma posição de Cluny.

polícias e ladrões

Dizem-me que há polícias nas Escolas a indagar sobre os preparativos de uma manifestação de professores, em Lisboa.
E pensava eu que os polícias deviam "andar atrás dos criminosos" do Porto (e de Lisboa, já agora)...

20080304

(In)seguranças

Não pretendendo fazer «humor negro» com o trocadilho, diria que até a vida dos seguranças se tornou muito insegura.

Ilusões

Ele há gente muito criativa.

Corrupção, branqueamento e «branqueamento»

O que João Correia propõe ao CSMP é um plano ambicioso e bem intencionado.
Não sei se o CSMP lhe dará razão.
É que o seu "plano integrado de combate à corrupção" pode ser um veículo para o branqueamento de muitas situações.
Há que ter todas as cautelas. Mas que é uma boa ideia, disso não há dúvida.

O crime, a Norte

A morte do «informador» da PJ pode ter sido acidental.
Mas, ninguém me tira da cabeça que alguém insiste em tirar o brilho aos resultados de uma "Equipa Especial", que remotamente investiga os "crimes da noite do Porto".

20080303

Já só lhes falta isto

Aos professores.
Notem bem, com o rumo que as coisas levam, só faltava esta.
Para já, era em França. Para quando num pc perto de si, caro professor?

Sergio Godinho - «Primeiro Dia»

A resposta aí está...

Afinal, os crimes de Loures e Oeiras «não têm qualquer relação entre si». O que, por si só, é ainda mais preocupante.
Mas, não justificam a constituição de uma «equipa especial».
Até ver.

Contabilidade eleitoral «pura e dura»

V., nesta prosa de vital moreira.
O lente de Coimbra não quer discutir o fundo das coisas. Já se percebeu. Foi assim nas Forças Armadas, na Saúde, na Justiça e, agora, na Educação.

Tudo o que possam ser contributos de discussão séria, não interessa, desde que contrariem os preconceitos maniqueístas do politburo "socrático".
Importa o fascínio por um monitor de pc (ou de portátil) com ligação às oportunidades (novas e velhas) de tecnologias, que são deus ex-machina, face à incapacidade de soluções e ao autismo político mais insolentemente arrogante a que Portugal já assistiu.

Expectativas legítimas

A onda recente de crimes violentos em Loures e Oeiras, pelos vistos, não causa preocupação especial.
Pelo menos a avaliar pelo que disse o Gen. Leonel Carvalho do Gabinete Coordenador de Segurança.

Estará na forja mais uma "Equipa Especial"?

É claro que há coisas (muito) mais preocupantes...

Lá isso há.

«Os marginais perceberam que passaram a viver num sistema de impunidade total. Antes, quando se faziam detenções, as pessoas iam para a cadeia e ficavam em prisão preventiva a aguardar a realização do julgamento. Agora não.
Em Crimes com molduras penais até aos cinco anos de prisão, ficam em liberdade a aguardar julgamento", salientou o sindicalista.Esta sensação é muito frequente entre as forças de segurança. Outro elemento das forças de segurança sublinha ao DN que "nesses longos períodos em que ficam cá fora à espera de julgamento, continuam a praticar crimes".
Segundo António Ramos, "há pessoas que viram crimes serem cometidos e recusam ser testemunhas, porque têm medo, pois os suspeitos ficam em liberdade e podem-lhes fazer mal".
Com o novo código, "também mandaram para fora das cadeias muita gente que estava a aguardar julgamento em prisão preventiva. Tudo para não terem as prisões tão cheias. Isto acaba por fazer aumentar a criminalidade".
António Ramos lembra que "antigamente, quase ninguém matava ninguém. E a violência dos crimes está a aumentar. Até 2003, quando havia um assalto a um banco, isso era uma situação fora do normal. Agora, todos os dias são assaltados bancos".

"E também aumenta a agressividade contra as forças de segurança. Cada vez há mais casos em que tentam atropelar agentes. Em média, são agredidos três polícias por dia", diz o sindicalista.Além disso, "é cada vez mais fácil adquirir armas de fogo. Há redes organizadas para as venderem, nos bairros problemáticos, como na Cova da Moura (Amadora), e em Lisboa, junto da Praça do Comércio, na Mouraria e até na Rua Augusta. As armas vêm de outros países, até de ex-militares do Leste europeu que ficaram com armas e as vendem", explica o presidente do SPP.
Recorde-se, a propósito, que, no final de Fevereiro, Rui Sá Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, considerou o total de 6500 armas recolhidas em dois anos como «um sucesso muito importante», mas reconheceu não ser suficiente. Calcula-se que haverá 770 mil armas ilegais, número igual ao das legalizadas.
Por seu turno, o presidente do Observatório da Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo considerou ontem que os casos de criminalidade em Portugal são "pontuais", mas admitiu começarem a ser "repetitivos" e "mais violentos". O general Garcia Leandro disse à Lusa que a situação "não é de alarme", mas a população deve estar "atenta". Reconhece "um aumento da criminalidade nas áreas urbanas de Lisboa e Porto", apontando como causas a globalização, o tráfico de armas, máfias organizadas, problemas financeiros e sociais e as dificuldades de inclusão dos imigrantes.

Também o director do Gabinete Coordenador de Segurança, Leonel de Carvalho, reconheceu serem anormais estes crimes, mas disse à Lusa que a criminalidade em Portugal tem vindo a estabilizar desde 2003

Do DN on-line

20080302

Tiroteio no Porto

«Entre um cliente e um segurança de uma discoteca. No seguimento de um desentendimento, um cliente disparou esta madrugada [2-3-2008], pelas 6h00, vários tiros contra um segurança do bar-discoteca Bela Cruz, situado na Foz, Porto».

SIC

Só pode tratar-se de um resultado "proactivo" da Equipa Especial do Ministério Público que, desde Lisboa, acompanha a situação dos crimes da noite do Porto.
O "bruno pidá" está preso, não está?

20080301

Sapatos de pinho

Na "grande loja", há uma chamada de atenção para o nosso fantástico ministro da economia. Eu pensava que o dito senhor se preocupasse em ajudar os trabalhadores dos 80 empresários de calçado, que foi «prestar ajuda», declarando que ia comprar «sapatos iltalianos».
Est(ar)á tudo dito (?).
Qual é o outro membro deste memorável governo que só usa sapatos prada?

Ana Benavente cai em desgraça?

Depois desta desassombrada posição de Ana Benavente (ex-Secretária de Estado da Educação) veio o futuro ex-secretário de Estado, da mesma coisa, Valter Lemos, deixar a extraordinária boutade de que foi no governo dela que tinha havido "piores resultados escolares da Europa [na Educação]".
Salvo erro, foi no governo em que era ministro o agora também ministro dos assuntos parlamentares, Augusto Santos Silva. E, se não me engano, também por lá andava o actual 1.º ministro. E como é que não acontece nada?

PJ-MP em rota de colisão, porquê?

"Traições" com "traições" se pagam.
Apesar desta notícia estar manifestamente exagerada, não deixa de ser preocupante.
Os problemas de articulação entre a PJ e o MP são resultantes de um equívoco originário e materializado na Lei de Organização da Investigação Criminal (Lei n.º 21/2000), onde se sobrepõem inexplicavelmente competências de uma e do outro.
O poder político nunca quis enfrentar o problema de caras, nomeando invariavelmente um magistrado como director nacional da PJ - para dar um cariz judicializado à instituição - bem como alguns cargos de direcção contra e regional, pensando, com isso, esvaziar os potenciais conflitos. Puro engano.
Não só a experiência demonstra que não é assim (vejam-se os casos de Mário Mendes vs Cunha Rodrigues, F. Negrão vs Cunha Rodrigues, Alípio Ribeiro vs Pinto Monteiro), como, formalmente, é hoje possível o director nacional da PJ ser um alto quadro da polícia.
Mas, o problema começa na incapacidade ou na falta de vontade para se modificar este estado de coisas. Incompreensivelmente, diria eu, já que a questão se arrasta desde há tempo suficiente.

Ocorre-me, a propósito das relações entre a PJ e o MP, lembrar o que dizia Cunha Rodrigues: «O MP não coordena. O MP ordena».
E, durante algum tempo, ainda se pensou que tal fosse possível.
A história recente vem demonstrar que se trata de uma impossibilidade.
Tudo a bem da Justiça e do combate sério ao crime, claro!