20060929

O assentar da poeira da "rua árabe"

A «rua árabe» (eu até gosto da designação) tem destas coisas: fica enfurecida quando a manipulam com mistificações e, depois, desaparece, volatiliza-se.
Vem isto a propósito da auto-censura imposta pela encenadora da ópera Idomeneo de Mozart, na Alemanha, para não pretextar nova fúria islâmica a uma cena em que são apresentadas as cabeças decapitadas de Jesus, Maomé, Buda e Poseidon.
Não consta que os cavalheiros que sempre aparecem a pregar contra a «perseguição a Islão» tenham mexido um dedo. Só alguns intelectuais, a chanceler da Alemanha e poucos mais consideraram isso uma cedência à chantagem e ao terror.

Definitivamente, os terroristas nem têm que se aplicar muito. Basta contar com a dhimmi atitude europeia.

20060927

O que é que querem?

Gostava de falar:

- dos planos altruístas do governo para pôr os funcionários públicos a progredir em termos de carreira e remuneratórios;
- da entrada de josé sócrates carvalho na campanha bolivariana presidencial de hugo chavez;
- da OPA da Sonae sobre a PT;
- da descida de Portugal em três lugares no ranking da competitividade (do forum Davos) por causa do sector público;
- da «liberalização» das farmácias e dos fármacos;
- da excelência e exemplaridade dos órgãos de gestão do futebol português e desse «grande» "major"(?),
- da inesperada reacção dos reclusos à troca de seringas nas prisões (pensavam eles que o Estado, afinal, os queria curar da toxicodependência),

mas prefiro um bom circo, o que é que querem?...

20060921

Os povos querem pão, sapatos e ferro

«Os povos querem pão, sapatos e ferro.
Não querem leis. Das leis não nascem os lírios do campo».

Carlos Drummond de Andrade

20060916

Discussão bizantina

O imperador Manuel paleólogo II de Bizâncio não faria ideia das consequência das suas palavras (seriam mesmo essas?) na rua árabe.
Bento XVI só lembrou o que ele terá escrito quanto à jihad e às aquisições dos ensinamentos de Maomé. Que a jihad é a imposição da fé pela espada, lá isso é.
Agora, o Vaticano vem dizer que o Papa só quis lembrar aos ocidentais quão mau é o escárneo para com o divino.
Pior a emenda que o soneto?

20060912

Mau demais para ser verdade...

Em declarações à Antena Um, no dia em que se assinalam cinco anos sobre os atentados terroristas em Nova Iorque, Jorge Sampaio, refere que «para se atingir a paz não há outra solução senão falar com os inimigos».

O que propõe, dr. Sampaio?

Discutir os limites do tributo que os "infiéis" deverão pagar ao califado para continuar a viver?
Pedir licença ao sr. bin laden para ter a especial deferência de não atacar os "infiéis" da Oumma quando vivam nos países onde nasceram?
Implorar-lhe(s) que não deitem nenhuma bomba suja ou nuclear, a não ser em Israel?

O senhor não deve ter percebido bem do que se trata. O que é estranho, para mais tratando-se de uma pessoa com as suas responsabilidades (pretéritas e presentes).

Até parece que isto é apanágio dos ex-presidentes da República de Portugal: o dr. Soares já advoga o diálogo com os terroristas no «prós e contras».

Esta gente não tem emenda.
Será que pensam mesmo que os agora eufemisticamente chamados «inimigos» terroristas querem negociar alguma coisa?

20060911

Homenagem


Apesar de alguns teimarem em desculpar o terror e a barbárie, hoje (e sempre) devemos uma saudação e homenagem a todos os caídos nesta Era de terror (desde há cinco anos). Caídos nos EUA ou no Iraque, no Afeganistão ou no Reino Unido, na Indonésia ou em Espanha, em Marrocos ou na Rússia, na Índia ou no Líbano, na Jordânia ou no Egipsto, em Israel ou na Palestina.

Um pensamento de pesar para quem só queria aprender em Paz, negociar em Paz, rezar em Paz, numa palavra, Viver em Paz.

Hoje é 11 de Setembro.

20060909

Ahmed Shah Massoud


O comandante Massoud foi a 1.ª vítima do 11 de Setembro.
Assassinado em 9 de Setembro de 2001 por dois matadores da al-qaeda (que se fizeram passar por jornalistas), a sua morte foi o detonador de todas as operações subsequentes da nova era do terrorismo jihadista, ou melhor, da guerra declarada ao Ocidente.
É justo que tal se reconheça e se faça uma homenagem ao homem que dedicou a sua vida a contribuir para um mundo mais livre e mais justo.

Darfur: onde é que isso fica?

Darfur:
- milhões de deslocados internos;
- 200 mil refugiados que vivem em 12 campos administrados pelo Alto Comissariado da ONU;
- 200 mil pessoas morreram desde 2003 e dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas povoações e a alojar-se em campos de refugiados no Sudão e no Chade, no que, segundo a ONU, constitui um dos piores desastres humanitários deste século.

Não consta que os responsáveis deste genocídio sejam Israel ou os EUA ou qualquer país ocidental. É gente armada pelos «amigos da jihad». É parte da estratégia de domínio islamista global. Pelo fogo e pelo sabre.

E depois ainda têm a lata de falar em «double standards»...

20060906

Ana Gomes, essa iluminada

A diplomata de carreira e eurodeputada Ana Gomes divulgou alto e bom som as supostas matrículas de um avião que disse ser da CIA e fazer o transporte de suspeitos de terrorismo.
Esta senhora tem-se prestado a papéis degradantes, sob o falso pretexto de defender os direitos humanos.
Embora sejam discutíveis os meios usados pelos EUA no combate ao terrorismo, averdade é que esse é um problema global, não exclusivo dos americanos. A suposta violação da soberania dos Estados é largamente compensada com o aumento da eficácia da segurança relativamente aos planos do terror islâmico e de outra natureza.
Defintivamente, os terroristas devem estar-lhe muitos gratos. Ao menos estes não só também não pedem licença a ninguém para sobrevoar o seu espaço aéreo como, quando o fazem, é com consequências muito diferentes.

20060905

Uma divisa: "Tolerãncia sem submissão"

O Multiculturalismo degenerou em caldo de cultura de reverência e vénia às afirmações despudoradas e arrogantes dos novos dogmas do relativismo (civilizacional, religioso, económico e cultural).
Perante um Islão (arrogante) devemos ser dialogantes?
Como dialogar com indivíduos cujo processo educativo, cívico e religioso é caracterizado pelo discurso do ódio? O multiculturalismo não responde - não pode responder - a isso.
Face às manifestações da diferença, devemos demonstrar abertura: diversidade é riqueza.
Face a atitudes de arrogância e suposta superioridade moral, étnica ou religiosa, devemos ser tolerantes sem subserviência: compreender criticamente.
Perante o terror (ainda que invocando o Islão), acham que devemos dar a outra face?