Num jornal, lia-se «Segurança social perdeu o rasto das duas crianças de Gaia há cerca de um ano». Passe o humor negro, dir-se-ia que nunca mais o encontrarão.
Na verdade, quando uma desas situações ocorre, torna-se recorrente procurar responsáveis institucionais, para além dos óbvios (quando os há): as comissões de protecção de crianças, a segurança social, o ministério público, os tribunais, os ministros, etc. Provavelmente, todos eles terão a sua parte de responsabilidade. É para evitar estas tragédias que tais instituições existem. Mas, não será utopia exigir ou esperar isso, quando os tribunais de menores têm de recorrer à boa vontade (e, muitas vezes, à boa disposição) de instituições particulares de solidariedade social (nomeadamente religiosas)?
Quando acabará o cinismo cabotino dos "crucificadores do sistema" (afinal, de todos nós), criando-se, finalmente, uma rede nacional de casas de acolhimento de urgência e temporário de crianças em situação de perigo?
Talvez um dos estádios do Euro 2004 chegasse. Ou uma pista do novo aeroporto da Ota, quem sabe...
20051227
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