«O capitalismo dos nossos dias já ultrapassou a lógica da normalidade totalizante, adoptando agora a lógica do excesso errático: Quanto mais variado, errático mesmo, melhor. A normalidade começa a perder o seu domínio. As regularidades principiam a afrouxar. Este afrouxamento da normalidade faz parte da dinâmica do capitalismo. É a forma de poder do capitalismo. Já não é o poder institucional disciplinar que define tudo, mas sim o poder capitalista de produção de variedade - pois os mercados acabam por se saturar. Produzindo variedade, produzem-se nichos de mercado. As mais bizarras tendências afectivas não são um problema - desde que dêem lucro. O capitalismo começa a intensificar o afecto, mas apenas par disso extrair valor excedente. Apossa-se do afecto para intensificar o potencial de lucro. Valoriza literalmente o afecto».
Slavoy Zizek.
20070430
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