20100531

O «Chico-espertismo» do nosso 1.º ministro

O episódio sobre o relato do encontro do nosso 1.º ministro com Chico Buarque revelou mais um folhetim do mais lamentável provincianismo (um misto de deslumbramento bacoco e de oportunismo matreiro).
«José Sócrates teria mesmo alterado o seu programa da visita no Rio de Janeiro para estar com o músico», veja-se bem!
O eng.º pinto de sousa é livre de admirar Chico Buarque. Pode pedir-lhe para tirar umas fotos com ele porque «farão sucesso em sua casa».
Mas que o não faça com o nosso dinheiro e com prejuízo do interesse nacional.
Só isso. E, já agora, que seja rigoroso com o relato sobre os seus encontros (sem distorcer a verdade).
Com que desgraçada imagem terá ficado Chico Buarque do cavalheiro...

20100529

Há mais fumadores em Espanha do que antes da «Lei anti-tabaco»

Os patrulheiros (do costume) dos costumes e das virtudes, devem surpreender-se com esta notícia.
Quando é que aprendem que a consciência e os bons hábitos não se impõem por decreto?

20100523

A corrupção em 1998

Há cerca de 12 anos, Cunha Rodrigues, então ainda Procurador-Geral da República, deu uma entrevista à Factos (de 25 de Fevereiro de 1998), confessando-se contra a descriminalização do consumo de drogas e do aborto (como as coisas evoluíram, desde aí!).
Mas um dos passos mais interessantes é o que respeita ao tema da corrupção: «Há pessoas que vão para a comunicação social dizer que têm elementos seguros de corrupção. Convocamo-las para irem aos tribunais e aí não dizem uma palavra», «Vamos mudar de estratégia, com os meios processuais de que dispomos».

Não sei se se mudou de estratégia. Se se utilizaram os meios processuais de que se dispunha, ignoro.
Que continua a não haver perseguição eficaz da corrupção, é um facto evidente.
Qual a razão?

20100522

Outras receitas, precisam-se

Já agora, porque não dar ouvidos a outras perspectivas, igualmente qualificados? Joseph Stiglitz é uma personalidade acima de qualquer suspeita.
Ouçam-no (leiam-no, neste caso), por favor

Trapalhada fiscal

O problema destes cavalheiros (que desgraçadamente nos desgovernam) é que já nem sabem orquestrar, entre eles, as posições públicas.
O que se passou no caso do aumentos dos impostos é, a todos os títulos, revelador da confusão legal (e mental?) desta camarilha no poder; parece que nem sabem os mais básicos princípios constitucionais da fiscalidade. Por isso, avançam primeiro com uma Tabela de retenções de IRS de acordo com uma Lei ainda não apresentada nem discutida no Parlamento.
Qualquer caloiro de «Direito Fiscal» sabe isto.
O governo já se deve ter esquecido...

20100520

Falhanços e disparates

Quando os políticos que tudo sabem,
seguramente, sem falhas,
hesitam em pedir desculpas
por todos os falhanços e disparates,
depois do mundo mudar, em 15 dias
(dias, não anos)

é preciso ter cuidado
muito cuidado
evitar, mesmo,
passear à beira-mar
porque, sabe-se lá,
podemos morrer afogados,
se tentarmos ajudar uns incautos
de morrer afogados

20100518

Portugal, País seguro?

O padre de Montalegre e o presidente da Câmara Municipal do Cartaxo são indivíduos pitorescos de um Mundo contraditório.
Tenho dificuldade em encará-los como meros casos de polícia. O fenómeno da detenção ilegal de armas por estas pessoas, transcende essa análise.
É possível que tenham genuinamente medo. Sim, medo de um ambiente em que não se conseguem situar e pensam que a detenção de uma arma lhes dá a tranquilidade que não encontram noutros contextos sociais.

20100517

«FMI» sem FMI

Parece-me que o Governo, tomado de pânico pelas oscilações erráticas dos «mercados», numa co-decisão "blitz" com o governo Zapatero, pretendeu tranquilizar os parceiros e investidores (leia-se "predadores") financeiros, para não exageraram nos juros da dívida pública.
Não só não o vai conseguir, como vai agravar a tendência recessiva da nossa economia, com as medidas de "austeridade" aprovadas, resultantes de um assustador autismo e de uma festiva irresponsabilidade em ano eleitoral, bem como de duas décadas de políticas financeiras e económicas delirantes, em que os ministros da Economia e Finanças - os mesmos que foram aconselhar (?) o presidente da República, outro ministro das ex-Finanças!!? - não perceberam o essencial: que a liberalização do comércio mundial e o fim das barreiras alfandegárias, e a aquisição da dívida pública, tonariam o Mundo refém da China. O cenário de ontem, é hoje uma realidade.
O Governo ainda não terá atingido esse patamar de constatação; talvez há um ano - como disse Campos e Cunha - já fosse demasiado tarde.
O doente vai provavelmente «morrer da cura».
Sim, acho que as medidas de "austeridade" tomadas não seriam exigidas pelo FMI.
Foram um impulso, tardio, inoportuno, inadequado e irreflectido.
Vamos pagá-lo muito caro.
E este é o mesmo Governo que agora apregoa a necessidade do «contributo de todos» num esforço patriótico, quando antes detinha as verdades absolutas, alienando a massa crítica da população que poderia, num outro projecto de poder, ter sido conquistada e protagonizar mudanças efectivas e reformar o que precisa(va) de ser reformado.
Não só as «reformas» foram um logro (Educação, PRACE, Justiça, Saúde, Emprego, Ensino Superior, SIADAP, Administração Pública, Fiscalidade, etc), como arriscaria dizer que tudo está pior do que em 2004.
Desgraçadamente...

20100514

«Alarme social?»



A professora Bruna Real (de Música?) posou para a Playboy portuguesa de Maio. Não vi, ainda.
A vereadora de Mirandela invocou o «alarme social» !!! provocado, como motivo para a suspensão da "despudorada" docente.
Bruna deve estar a rir-se, ante a perspectiva de carreiras seguramente mais rentáveis e estimulantes do que ensinar criancinhas do interior a aprender rudimentos de Música (mesmo que isso possa ser muito interessante).
Bruna revelou-se. Isso ainda é fatal nalguns meios e para algumas mentalidades.
Mas,... «alarme social»?

20100505

Azarado

ricardo rodrigues é deputado pelo ps. Foi, durante algum tempo, uma «eminência» para os assuntos da justiça. O nome dele chegou a ser ventilado, pelo menos, para secretário de estado da «mesma».
Reage assim durante uma entrevista.
«homem azarado» que ele é!