A uma Sociedade de Direito em abundância, pode não corresponder um Estado de Justiça em abundância. É assim em Portugal, como é assim noutros países.
Tudo depende da organização do sistema judiciário e das implicações do sistema jurídico.
Para um nível terciário das estruturas e das relações sociais continua a oferecer-se um sistema judicial de cariz primário.
Tal estado de coisas interessa a alguém.
Os operadores judiciários deveriam ser os mais inconformados com essa situação e exigir as inadiáveis mudanças.
Não se entende porque o não têm feito.
20051016
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2 comentários:
Se calhar tal estado de coisas interessa a alguém.
En Grêves
O meu Sindicato (e concedo à direcção a graça de pensar que o fez contra vontade) marcou uma greve.
Os motivos são legítimos de um ponto de vista sindical.
A questão é que a minha profissão exerce poder. E o poder é uma ilusão, existe na cabeça das pessoas, existe enquanto for reconhecido. O poder que certas pessoas exercem advém-lhes do facto de as outras pessoas lhes reconhecerem autoridade. E de elas se reconhecerem a si próprias como fonte de poder.
Por isso as becas e as togas.
Por isso a incongruência das greves.
Por isso a vontade de não ser reconhecido como fonte de poder.
Por isso a greve não pode vir a resultar senão numa profunda derrota.
De qualquer modo, sendo a greve legítima do ponto de vista sindical, pois visa manter aspectos salariais, é difícil para mim, que sou delegado sindical, não acatar a decisão que foi democraticamente tomada.
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