20050418
Daqui, desta Lisboa
Daqui, desta Lisboa compassiva,
Nápoles por Suíços habitada,
onde a tristeza vil, e apagada,
se disfarça de gente mais activa;
Daqui, deste pregão de voz antiga,
deste traquejo feroz de motoreta
ou do outro de gente mais selecta
que roda a quatro a nalga e a barriga;
Daqui, deste azulejo incandescente,
da soleira da vida e piaçaba,
da sacada suspensa no poente,
do ramudo tristôlho que se apaga;
Daqui, só paciência, amigos meus !
Peguem lá o soneto e vão com Deus...
Alexandre O´Neil
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Daqui, só paciência, amigos meus!
É deste verso que gosto mais, porque cantado pelo José Afonso, convidado do Fausto, nesse disco.
São os anos setenta que voltam a galope, sempre que me lembro disto.
E aproveito assim, para cumprimentar oficialmente o novo blogger!
Os contributos seguirão, em modo comentarista, se as ideias aparecerem fora de mão, em contra-mão ou, preferencialmente, à mão de semear.
Por agora, vou dar notícia.
Enviar um comentário