20060608

Portugal, Timor e GNR

Timor será, por estes dias, tudo menos um Estado soberano. Tudo menos um Estado. Um «sítio muito mal frequentado» será, talvez, o melhor dos epítetos.
A (pouca) ordem e segurança está a cargo de forças expedicionárias regionais e, também - vá-se lá saber porquê - de um destacamento de operações especiais da GNR portuguesa.
Esta, foi aviltantemente desautorizada por forças australianas, no exercício de funções que desenvolvia no pressuposto de que o faria legitimamente (ao deter cidadãos alegadamente desordeiros.
Este facto, por si só gravíssimo, realça a negligência com que se concebeu, preparou e tentou iniciar a «missão» da GNR em Timor. Por parte do governo português, claro.
Uma tamanha afronta à actuação das tropas portuguesas e à sua legitimidade - requerida pelo presuntivo presidente daquele pretenso país - não tem pararelo.
Ficou claro quem manda em Timor, e quem vai mandar.
Pergunta-se porque se despacharam aqueles militares para lá. E o que lá continuarão a fazer...

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