O 1.º ministro pinto de sousa, fumou durante uma viagem de avião transatlântica para a Venezuela. Fumou ele e outros membros da comitiva oficial que viajavam com ele.
Foi o suficiente para «cair o Carmo e Trindade»: um obscuro alto funcionário, Rebelo de seu nome, da Comissão de prevenção do tabagismo, logo veio apontar o «mau exemplo» dos que «deviam dar o exemplo». Outros "torquemadas" de pacotilha vieram exigir que pagasse a multa pela infracção de «lesa pátria», que consiste em fumar (confesso que acho o caso de uma atroz hipocrisia, mas é certo que pinto de sousa prova o "fel" que produziu, e sente na pele a consequência de um fundamentalismo legal da sua autoria).
Pinto de sousa veio, em jeito de arrependimento digno dos novos «autos-de-fé», pedir desculpas públicas, e declarar que ia deixar, definitivamente, de fumar.
Toda o episódio tem o seu quê de picaresco: não é compreensível que num país que se diz aspirar à modernidade, os dirigentes permitam que tais factos façam manchetes e alimentem discussões que envolvem entidades públicas. Mas também tem o seu lado sério.
E o lado sério é a atitude dúbia do governante, apanhado em falso e que, por isso, veio «pedir desculpas públicas»...por ter fumado num local, onde, atentas as circunstâncias, é até duvidoso que não se pudesse fumar. Mas, se em vez de questionar a "punibilidade" da sua conduta (nomeadamente nos tribunais, que são o órgão com a «última palavra» na interpretação da lei), então, o sr. 1.º ministro devia solicitar a intervenção da ASAE para proceder contra-ordenacionalmente (mas, está visto, até pelo exemplo do director desta entidade, que não seria atendido nesse pressuroso propósito).
Mas, se a questão é pinto de sousa ter de «pedir desculpas públicas», então, que todos os motivos sejam como esse.
Ora, há motivos bem mais graves pelos quais pinto de sousa devia pedir desculpas públicas.
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