As «grandes obras públicas» (como o «novo aeroporto» e o TGV), têm aparecido como uma das bandeiras do desenvolvimento do País, numa atabalhoada tentativa neo-Keynesiana de promoverem o desenvolvimento de outras actividades económicas.
No que respeita ao TGV, os estudos e as comparações revelam que o nosso País não tem mercado nem escala e, por outro lado, as obras necessárias para o TGV irão ter um impacto ambiental e infra-estrutural francamente negativo e desproporcionado para as finalidades que se propõe. Ganhar 30 minutos numa viagem Lisboa-Porto, não merece o investimento, por muito que pretendam demonstrar o contrário.
Países como a Holanda, os nórdicos e a Itália, com recursos suficientes para idênticos empreendimentos, abdicaram deles, por os considerarem demasiado dispendiosos. Mas, também, por considerarem que o investimento não teria retorno viável: seria, para a dimensão e para o mercado desses países, um empreendimento insustentável.
Quem, agora, se deu conta disso, foi - imaginem - o governo de Madrid.
Já que nesta paróquia, o novo-riquismo triunfante do governo [e dos interesses económicos] não reconhece o seu ridículo, haja, ao menos, o bom senso dos espanhóis para impedir megalomanias como o TGV.
Felizmente, do outro lado da fronteira, parece que há gente responsável.
20080628
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