Dificilmente se imaginaria, há três meses, que o governo PS do eng.º José Pinto Sousa iria despediçar tão rapida e ingloriamemente o capital de confiança (e talvez mesmo de esperança) de que dispunha quando tomou posse.
Quem nele votou está, hoje, profundamente desiludido.
A cerca de cinco meses da tomada de posse, um dos principais ministros (de Estado e das Finanças) já foi «trucidado» por lógicas político-empresariais, o País está literalmente em chamas, e o governo preocupa-se com as magnas questões da venda dos medicamentos fora das farmácias e da redução das férias judiciais, como «varinhas de condão» para a defesa dos consumidores e o aumento da eficácia da Justiça.
Está na cara que o governo quer baixar o preço dos medicamentos, para acabar com as comparticipações. A ideia pode não ser má, mas era melhor testá-la, pimeiro. E, sobretudo, convertê-la em tema do discurso de tomada de posse, excedeu tudo.
Quanto às «férias judiciais», estou mesmo a ver a redução dos atrasos e a qualificação do sistema.
O País está seco e arde, mas o 1.º ministro tem o patriótico compromisso de cumprir a promessa aos filhos de os levar a um safári no Quénia. Mas, logo que regressa, pede apoio à UE para apagar os fogos.
É esta intrepidez que fazia falta.
Entretanto, as televisões (a pública incluída) faz as delícias dos incendiários com 20 minutos de imagens de incêndios, em «prime time». É d´homem...
O que esperar de um País em que a única eficácia é a dos incendiários e em que os dois últimos 1.ºs ministros foram comentadores televisivos?
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