Parece que o articulista se indignou com o critério dos Tribunais e terminou o seu escrito a chamar «cromos» aos desembargadores.
É caso para perguntar: vale tudo?
Quando há, ao que parece, um genuíno esforço no sentido da educação para a cidadania, e perante uma situação em que não era sugerida qualquer violência ou abuso policial, será que queremos ver os agentes que presuntivamente devem velar pela nossa segurança, ser carinhosamente apodados de «cromos»?
É que a expressão «cromo», embora dependendo do seu contexto, raramente significará elogio, admiração ou dignificação.
Eu até acho que o Francisco Mota não é um cromo. Mas, desta vez, não tenho bem a certeza...
1 comentário:
Tem de haver uma linha de distinção entre o que é discordar de uma forma agreste e até mal-educada de uma atitude do que é um crime.
Um crime é algo que atenta contra os fundamentos éticos de uma cultura.
Chamar "cromo" a um cidadão não é bonito, mas é um crime, é um atentado àquele núcleo fundamental?
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