20070704

Let´s twin(s) again


As lógicas da simetria inspiram as práticas políticas actuais.
Há, hoje, um curioso movimento pendular em que as tendências do «fim da história», do «pensamento único» não se fazem mais em termos concorrenciais externos, mas em termos de concorrência osmótica.
A dita «esquerda» esvazia o espaço da «direita», ousando aplicar medidas programáticas desta, mas cujos custos sociais a levou a adiá-las ou a suavizá-las.
A chamada «direita» replica o modelo, esvaziando o espaço da «esquerda», implicando personalidades d(e) movimentos sociais e políticos das áreas da solidariedade e promoção da cidadania.
É isso que sucedeu em Inglaterra, em Espanha, em Portugal e, ultimamente em França (Sarkozy, que há pouco mais de um ano chamava «racaille» à juventude da banlieue parisiense, propõe-se hoje um inaudito programa de integração social desses jovens).
Com matrizes originárias diversas, os poderes político-governativos tendem hoje a um unanimismo de fusão meta-ideológica, que pode deixar os eleitores confusos.
É um cenário em que a imagem é decisivamente essencial. Logo, um contexto em que os media, motivados por interesses múltiplos, são um factor privilegiado de promoção dos protagonistas.
Os valores e as ideologias estão, definitivamente, não nas gavetas, mas nos anais da História.

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