Rama Yade Fadela Amara
Quer ao nível europeu, quer ao nível interno, Sarkozy surpreendeu-me.
No bom sentido, devo admitir.
Ocupando decididamente o espaço daquilo a que se convencionara chamar «esquerda» (conceito cada vez mais em crise, e, se calhar, ainda bem...), depois de um ministro ligado ao PS, B. Kouchner, apresentou agoradois "reforços" de grande significado e simbolismo.
Duas - secretárias de Estado - Duas: Rama Yade e Fadela Amara.
Atenção a estas duas mulheres: a primeira, Sec. de Estado dos direitos humanos (ligada a movimentos cívicos pela dignificação das minorias); a segunda, Sec. de Estado das Cidades (presidente da Associação «Ni putes ni soumises»).
Esta estratégia de trazer as dinâmicas dos movimentos sociais para o seio do governo é inédita. Pelo menos num governo presidencial de quem se dizia de inspiração centro-direitista e de matriz autoritária.
Penso que pode ser um «laboratório» interessante, em que as tensões sócio-culturais da França se apaziguem e, quiçá, se passe agora para um processo de verdadeira integração de nacionais de minorias étnico-culturais.
Esperemos que não seja um equívoco. De um lado ou do outro...
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