20091014

Mai-quê proênssa?

Que uma fulaninha se entretenha num chorrilho de dislates e exiba a sua ignorância e boçalidade num vídeo de duvidoso profissionalismo, é um facto ordinário.
Que essa criatura seja uma actriz de tv, famosa por "novelas das 8", já pode sobressaltar os pergaminhos indígenas, se, por exemplo, no tal vídeo, ela cospe numa fonte dos Jerónimos.
O vídeo extravazou a brejeirice e resvalou para o patibular. É um facto.
Mas que isso mereça a indignação pátria e um "abaixo assinado de desagravo", parece-me uma reacção de pseudo patriotismo bacoco, que só promove a estrelato maior a conduta biltre e ignara que desenvoltamente demonstrou a sua autora.
E mais bacoco, ainda, é vir pedir desculpas num outro vídeo, o que só pode reforçar o juízo de burgesso subdesenvolvimento cultural da personagem.

Mas, por favor, que isso não nos tire um espavorido segundo de inquietação.
Há coisas bem mais importantes.

1 comentário:

Justa Causa disse...

A mulher não cuspiu nos Jerónimos, ela tentou imitar a fonte que estava ao lado dela no filme a jorrar água. Não tem graça mas não percebo como é que possa ser ofensivo.
Aquela do 3 invertido no estilo Portugal no Seu Melhor pode ser ofensivo mas, Senhores, grande parte das anedotas sobre alentejanos são muito mais ofensivas e ditas com menos graça, com mais gravidade.
Para os brasileiros Portugal é uma terra de fenómenos. Cá as rodas dos carros são quadradas e coisassim.
Parece os americanos de antes do politicamente correcto a falar da Polónia, os holandeses a contar piadas sobre os belgas e os portugueses sobre os moçambicanos.
Aliás as piadas são as mesmas.
E aquela espanhola de "Senhores passageiros, estamos a entrar no espaço aéreo português, façam o favor de atrasar os relógios trinta anos", tem piada, não tem?