20080208

"Lições" de investigação criminal ou carnaval serôdio?

«Porto, 08 Fev (Lusa) - O despacho de arquivamento do processo relativo às agressões de que foi alvo Ricardo Bexiga, antigo autarca socialista de Gondomar, acaba por constituir uma peça acusatória ao Ministério Público (MP) e à PSP do Porto.
Na penúltima página do seu despacho de arquivamento, a que a Agência Lusa teve hoje acesso, a procuradora adjunta Glória Alves, da Equipa de Coordenação do Processo Apito Dourado (ECPAD) refere que o arquivamento se deve não só à especificidade do crime, mas também "à forma como ocorreu o início da investigação".
Isto porque, como assinala, "a não recolha imediata no local de agressão de eventuais vestígios deixados pelos agressores, poderá ter contribuído, de forma capital, para o insucesso da mesma".
"Poderá mesmo ter inviabilizado a identificação dos autores do ilícito criminal indiciado", sublinha.
».

Claro que não se acredita que um(a) magistrado(a) do Ministério Público - mesmo de Lisboa - possa ter feito estas considerações a propósito de um processo que não foi integralmente dirigido por si (e que terá começado a cargo de outro colega, no Porto).
Porque tem a sra. Carolina Salgado tanta credibilidade para algumas coisas e nenhuma, para outras?
Ainda julgo que devem ser efeitos de algum carnaval retardado...

2 comentários:

Justa Causa disse...

Bem, afinal ao contrário do que dizia a imprensa não se tratou de uma entrevista de Maria José Morgado mas sim do despacho final proferido por Glória Alves no inquérito.
Por outro lado também não está posto em causa o MP do Porto uma vez que o que se diz no despacho final (e teria de ser dito forçosamente) é que a investigação policial começou mal, o que pode ter comprometido a sua conclusão.
E o início do inquérito, as providências cautelares da prova não são em geral, e não o foram no caso concreto, da responsabilidade do MP, entidade que só terá tido conhecimento dos factos oito dias após a sua ocorrência.
Suum quique.

Anónimo disse...

Quer-me parecer que a circunstância do tempo e do lugar e, sobretudo, dos sujeitos não deixam dúvida quanto a quem é atingido - com razão ou sem ela(isso é coisa que hoje não releva) - e quem já muito perdeu e mais haverá de perder: O Mº Pº de Portugal. Importa zero se houve entrevista da "Justiceira". Esclarece tudo saber de onde proveio o despacho. Disso parece não existir dúvida: nasceu do colo uterino desse quisto soprado pelo Sr Juiz Conselheiro Pinto Monteiro aque é uso chamar-se equipa especial. Não é, pois, de estranhar que equipa prossiga os métodos da cabeça (Como me dói aplicar aqui este substantivo. Cabeça?, de quem?). O que, verdadeiramente repugna é que o que sai como chave e ideia central para massa bruta que somos todos nós, intoxicados e manipulados por gente com o carácter da Morgado, é que o proceso foi arquivado porque assentou numa má investigação. Pode ser verdade. Ignoro. O que não posso nem quero ignorar é a ignomínia que representa a glorificação, quiçá a exaltação (aqui em tom de vítima e fá bemol) de um arquivamento com vagidos da "Equipa justiceira". Se a equipa da "intocável" arquivou a responsabilidade só pode ser de outro ou outros quaisquer. Se, por azar, tivese sido um magistrado singelo e trabalhador o autor da decisão de arquivar não faltaria quem saltasse, aos berros, a invectivao o MP "arquivador mor" e o inepto concreto. Assim,é repugnante mas sempre foi deste modo, se o acto sobeveio da "Luz justiceira" os malvados só podem ter sido outros. Era o que faltava: A Morgado arquyivar fosse o que fosse.
Repito. O método é este desde há muito:Se não houve entrevista da Morgado houve, sei bem, trabalho de sapa da dita senhora junto e de harmonia com os muitos "amigos" por onde e entre os quais a informação vai circulando, aqui ali - sempre que tal interessar - no caso ao arquivamento.
bem refere o GUY: A Dªa Carolina não pode servir de trave para umas coisas e já não para outras. Quando o desastre fizer explodir as acusações produzidas pela excelsa "equipa" no "Apito" veremos se a culpa não foi de quem sustentou a acusação em julgamento ou do Juiz que a não recebeu. Ou, sabe-se lá, porque finalmente, as chuvas venham a cair frias como facas, limpídas como lágrimas e os olhos de todos nós penetrem as zonas dos escombros onde seres portadores da salvação do mundo se vão escondendo atrás dos postes de alta tensão, pese embora estejam sempre presentes nos holofotes das televisões e dos jornais.
Claro que fazer justiça também é arquivar se fôr esse o caso. O que não é justiça são os trilhos trilhados, os jogos a fingir, as verdades mentirosas, a ignorância com vestes de sageza, a loucura com cores impolutas, os olhos de carneiro mal morto com se uma criança acordasse em explendor. Dos fanáticos, dos justiceiros com umbigos de terror tenho receio, repulsa e repugnância.(RRR).
Os meus caros amigos farão o favor de desculpar o desabafo.
"A Justiça no Jardim das Oliveiras"