20080411

"Eu acho que a juíza tem coração, né?"

A frase terá sido de A. P., mãe de uma menina ao cuidado de um casal que parece gostar dela(apesar de condenados judicialmente como seus sequestradores) , mas cuja entrega ao pai está marcada para breve, por ter sido determinada pelo Tribunal da Relação de Coimbra.

Tenho-me inibido, por reserva e pelo respeito que me merece a criança em causa, de fazer qualquer comentário sobre o assunto e seu tratamento mediático.

Peças jornalísticas como esta (da autoria de uma profissional que fala da qualidade desta_democracia com inaudita sobranceria), no entanto, fazem com que o tom irresponsavelmente festivo como noticiam episódios meramente picarescos do processo, justifique uma suposta (mas muito sensata) decisão judicial no sentido de impedir os jornalistas de se aproximarem da criança em causa, fazendo-os lamentar-se: «... os média foram incluídos nos eventuais agressores e mantidos na rua, neste dia gélido e chuvoso, as intermináveis horas que dura a conferência de partes. Ossos do ofício, o dos jornalistas...».

Terá sido a juíza com coração, hem?

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