20080404

Armas na Escola

«O número de apreensões de armas tem aumentado desde o início da década».
É o que se lê aqui

Proponho um Tratado de não proliferação de armas não nucleares nas nossas Escolas, já!

2 comentários:

Justa Causa disse...

O meu problema, e o teu, mas mais o meu com dois filhos a estudar em ecolas públicas, não é o do miúdo de seis anos que tira a pistola ao pai para mostrar aos amigos.
Isso é perigoso, uma pistola nas mãos de uma criança é um perigo evidente.
Tantos casos de «pum pum, estás morto» e depois vai-se a ver com espanto e está mesmo.
Mas é quase incontrolável, não tem solução, sempre haverá pessoas imprevidentes e descuidadas com armas.
Na instituição militar, alma mater que frequentei durante muitos e bons anos, dizia-se que «O Diabo disparou por uma tranca».
Por isso é difícil de controlar.
Como é difícil de controlar o caso dos psicopatas que matam por motivos mínimos. Lembro-me de no estágio com o Rui Epifânio no TTM de Lisboa termos tido um caso de um miúdo de 15 anos que por dá cá aquela palha esperou nas escadas de casa outro miúdo lá da escola e matou-o com um arpão de pesca submarina.
Nem sequer os pais que mandam os filhos para a escola armados, que não devem ser muitos, são o verdadeiro problema.
O que está em causa, e a Ministra da Educação, o PGR e o PR sabem-no, é a violência à porta da escola, o crime de roubo, ou o facto tipificado na lei penal como crime de roubo, cometido por adolescentes protadores de navalhas.
E essa situação é gravíssima.
Lembro-me de ter exercido funções numa cidade não tão pequena como isso em que os pais andavam aterrorizados em toda a cidade por um adolescente com uma faca que assaltava os miúdos à saída da escola para lhes roubar os telemóveis.
Isso induz a insegurança e o pânico (não vejo outra razão que não o pânico para um pai dar uma arma a um filho para ir à escola).
E para isso só há uma solução: começar pelo princípio.
E o princípio é TOLERÂNCIA ZERO.

Anónimo disse...

Claro que sim, concordo contigo, JC. O princípio é a «tolerância zero» (não me agrada a expressão, pelo tom repressivo, mas é aceite na toute Europe), mas em tudo: no sexo, da droga, nas armas, no fast food,no alcool, uma sociedade asséptica, enfim.
Sabendo que isso não é possível, a minha crítica é para certas instâncias que, na ânsia de marcarem a agenda, arranjam desse modo bandeiras e causas.
Não é que sejam más causas, é o problema do timing e da motivação.